Vivências Tecnológicas


O interesse pelo uso das tecnologias iniciou em 1999, por ocasião da elaboração do Trabalho de Conclusão do Curso, na graduação, haja vista a necessidade de digitação e preparação de gráficos, tabelas e demais materiais. À época, entendia a tecnologia apenas como informática ou meramente tecnologia de informação.
O início valeu: senti o imperativo de participar de formações voltadas para o uso das tecnologias na educação, o que contribuiu para agregar conhecimentos e me desvencilhar de propostas fragmentadas que eram estabelecidas.
O ano de 2007, marca uma mudança significativa em minha trajetória profissional, com a participação no “Curso de Formação em Informática e Educação para Professores", pois se antes, o enfoque tinha uma conotação que não era nada interativo, posteriormente, percebia que era hora de ressignificar alguns conhecimentos concebidos previamente e até mesmo de compreender melhor as potencialidades e limitações tecnológicas na prática educativa.
No mesmo ano, fui trabalhar no Laboratório de Informática de uma Escola Estadual. Neste espaço, veio forte o desejo de buscar um projeto de aprendizagem significativa utilizando as tecnologias, o que poderia ser um passo para fazer a inclusão digital na escola e estimular o uso das ferramentas interativas. Devido à carência de recursos e algumas resistências não consegui avançar como pretendia. Percebi então, que era preciso mais qualificação para atuar em conjunto com a comunidade escolar, especificamente, com professores e alunos.
Com o passar do tempo novas questões surgiam. Assim, com os cursos “Introdução à Educação Digital” (2008) e “Tecnologia na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC”, (2009), pude perceber mais uma vez a importância dos recursos tecnológicos e midiáticos para a prática pedagógica e a possibilidade de mudança. Se há pouco tempo atrás, nos processos de formação docente se pensava apenas em incorporar as tecnologias na educação, com o aprendizado operacional dos recursos tecnológicos e práticas isoladas. Agora, reconhecia a falta de fluência tecnológica, a necessidade de articular as tecnologias aos conteúdos curriculares, enfatizando a pesquisa, a autonomia, a autoria da publicação e a troca da comunicação. Reconhecia a urgência de reforçar a formação continuada dos professores.
Em janeiro de 2010, momento em que já me encontrava cursando Especialização Tecnologias em Educação (EaD), da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ), assumi a coordenação do Departamento de Tecnologia Educativa, da Secretaria Municipal de Educação de Marabá/PA. No mesmo ano, em março, participei da 2ª Conferência Regional Norte de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada em Belém/PA e, no mês de junho, da 9ª Oficina de Inclusão Digital, em Brasília/DF, que contribuíram para que pudesse analisar com maior segurança as ações voltadas para inclusão digital e social em nosso país e basicamente, conhecer ações de políticas públicas para Inclusão Digital, verificando o que foi possível avançar e os desafios que ainda precisam ser superados.
Enfim, posso afirmar que ter vivenciado alguns desafios me trouxe novas experiências para trabalhar na perspectiva de desenvolver ações voltadas para o exercício da cidadania com relação ao uso das ferramentas interativas, de comunicação e publicação.